sexta-feira, 27 de junho de 2014

ALAP se prepara para comemorar os CENTENÁRIOS DOS ESCRITORES CARMO BERNARDES E BERNARDO ÉLIS

Carmo Bernardes

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Carmo Bernardes da Costa (Patos de Minas, 2 de dezembro de 1915  Goiânia, 25 de abril de 1996) foi um escritor brasileiro, que se radicou em Goiás e era considerado um mestre daliteratura regionalista. Nasceu em Patos de Minas, a família se transferiu para a cidade de Formosa, GO em 1921 e, em 1927 para o município de Anápolis, GO. Estudo primário entre as duas cidades. Viveu no meio rural até 1945. Aprendeu atividades madeireiras com o pai. Na cidade exerceu variadas profissões. Foi carpinteiro, pedreiro, pintor de paredes, protético e depois jornalista. Especializou-se na redação de correspondência e documentos oficiais e nessa profissão entrou para o serviço público em 1959. Foi oficial administrativo em vários órgãos do governo de Goiás. En 1964 foi indiciado nos IPMS da subversão e respondeu a processo nos tribunais políticos. Tendo sido afastado do serviço público, volta para o jornalismo profissionalmente onde dirigiu a redação de jornais e revistas em Anápolis e Goiânia. Participou de congressos, se fez cronista e um precoce defensor do meio ambiente, dedicando-se a atividades ecológicas desde 1945. Conselheiro da Fundação Inca, foi representante no I Encontro Nacional sobre a Proteção e Melhoria do Meio Ambiente e na Primeira Conferência Nacional.
Era um defensor ardoroso da fauna e da flora brasileira, principalmente do cerrado. Era membro da Academia Goiana de Letras e recebeu inúmeras homenagens.
A seu respeito disse Jorge Amado: "Minha ida a Goiânia, deu-me o prazer do conhecimento pessoal do bom camarada, mas só ao voltar para a Bahia, ao ler "Jurubatuba", pude dar conta da enorme força criadora do tranquilo escritor, quase escondido nos fundos da livraria do Paulo Araújo. Livro no qual o regional se faz realmente universal através de uma narrativa poderosa e clara, admiravelmente simples - e como é difícil chegar a essa simplicidade de uma linguagem pura e límpida! Grande livro, seu Carmo, a colocar o autor na primeira fila dos ficcionistas brasileiros." 1
Autor de uma vasta obra, Selva-Bichos e Gente foi o último escrito por Carmo Bernardes, lançado em 2003. Embora a palavra gente apareça no título do livro, o destaque é para os bichos, onde o homem só aparece como mero coadjuvante e, quase sempre, no papel de predador.
Entre as diversas premiações que recebeu, destaca-se a edição de "Ressurreição de um caçador de gatos" pela Casa de las Americas2 em Cuba.

Obras do autor[editar | editar código-fonte]

·         Vida mundo - contos, 1966 Livraria Brasil central Editora - Goiânia
·         Rememórias - crônicas, 1968 Livraria Leal Editora - GO
·         Rememórias dois - crônicas, 1969 idem
·         Jurubatuba - romance, 1972 Dep. Estadual de Cultura - GO
·         Reçaga - contos, 1972 Livraria Leal Editora GO
·         Areia branca - contos, 1976 Livraria Editora Cultura Goiana
·         Idas e vindas - contos e causos, 1977 Editora Codecri RJ
·         Força da Nova - relembranças, 1981 Secretaria de Educação do Estado - GO
·         Nunila - romance, 1984 Ed. Record - RJ
·         Quarto crescente, 1985 Universidade Federal de Goiás
·         Memórias do vento - romance, 1986 Ed. marco Zero - RJ
·         Ressurreição de um caçador de gatos, contos, 1991 Casa das Américas - Cuba
·         Santa Rita - romance, 1993 Ed. EFG - GO
·         Jângala - complexo do Araguaia, 1994 Edição do autor - GO
·         Quadra da cheia - textos de Goiás, 1995 Edição do autor - GO
·         Selva bichos e gente - crônicas, 2003 Agepel Editora

 

Bernardo Élis

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Bernardo Élis 
Nome completo
Bernardo Élis Fleury de Campos Curado
Nascimento
Morte
Nacionalidade
Ocupação
Bernardo Élis Fleury de Campos Curado (Corumbá de Goiás, 15 de novembro de 1915 — Corumbá de Goiás, 30 de novembro de 1997) foi um advogado, professor, poeta,contista e romancista brasileiro. Foi o primeiro e único goiano a entrar para a Academia Brasileira de Letras.
Seu pai, Erico Curado, considerado o poeta de maior expressão do Simbolismo na terra de Anhanguera, era de família tradicional, porém só pôde proporcionar uma criação humilde aos filhos.
Bernardo Élis publicou várias obras, entre elas Apenas um Violão, O Tronco (que posteriormente virou filme), e Ermos e Gerais, sua mais premiada obra. Como contista, foi escolhido para integrar importantes antologias nacionais, como a clássica Antologia do Conto Brasileiro Contemporâneo, do crítico literário Alfredo Bosi.
Em 1995, foi escolhido pelo então governador de Goiás, Maguito Vilela, para presidir a Fundação Cultural Pedro Ludovico Teixeira, atual Agepel, órgão equivalente à Secretaria de Estado da Cultura. No mesmo ano, afastou-se do cargo, ocupado posteriormente por Linda Monteiro. Já a 31 de janeiro de 1999, a sua obra Veranico de Janeiro (1966) foi escolhida, por um seleto júri constituído por 10 especialistas escolhidos pelo jornal O Popular (edição número 16.476), o mais importante periódico do Estado de Goiás, como um dos 20 melhores livros goianos do século XX.

Índice

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·         1 Bibliografia
·         2 Prêmios literários
·         4 Ligações externas

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

·         1955: Primeira chuva, poesia
·         1944: Ermos e Gerais: Contos Goianos, contos
·         1951: A terra e as carabinas
·         1956: O Tronco, romance
·         1965: Caminhos e descaminhos, contos
·         1966: Veranico de janeiro, contos (obra considerada canônica, jornal O Popular, Goiânia, Caderno 2, a 31 de Janeiro de 1999)
·         1975: Caminhos dos gerais, contos
·         1978: André Louco, contos
·         1974: Seleta de Bernardo Élis - Org. de Gilberto Mendonça Teles; estudo e notas de Evanildo Bechara
·         1975: Caminhos dos gerais
·         1980: Os enigmas de Bartolomeu Antônio Cordovil
·         1984: Apenas um violão
·         1985: Goiás em sol maior
·         1986: Jeca-Jica-Jica Jeca
·         1987: Chegou o governador
·         1987: Obra reunida de B. É.

Prêmios literários[editar | editar código-fonte]

1.    Prêmio José Lins do Rego (1965)
2.    Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro (1966), pelo livro de contos "Veranico de janeiro"
3.    Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras, pelo seu "Caminhos e descaminhos"
4.    Prêmio Sesquicentenário da Independência, pelo estudo "Marechal Xavier Curado, criador do Exército Nacional" (1972)
5.    Prêmio da Fundação Cultural de Brasília, pelo conjunto de obras, e a medalha do Instituto de Artes e Cultura de Brasília (1987)

Academia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]


Eleito em 23 de outubro de 1975, na sucessão de Ivan Lins e recebido pelo Acadêmico Aurélio Buarque de Holanda Ferreira em 10 de dezembro de 1975. Foi o quarto ocupante da cadeira 1, que tem por patrono Adelino Fontoura. Para Mário de Andade, Bernardo Élis "tem a qualidade principal pra quem se aplica à ficção:o dom de impor na gente, de evidenciar a "sua" realidade, pouco importando que esta "sua realidade" seja ou não o real da vida real....criando aquela realidade mais real que o real, que é do melhor espírito e força da ficção".

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