Carmo Bernardes
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Carmo
Bernardes da Costa (Patos de Minas, 2 de dezembro de 1915 — Goiânia, 25 de abril de 1996) foi um escritor brasileiro, que se
radicou em Goiás e era
considerado um mestre daliteratura regionalista. Nasceu em Patos de Minas, a família se transferiu para a cidade de
Formosa, GO em 1921 e, em 1927 para o município de Anápolis, GO. Estudo
primário entre as duas cidades. Viveu no meio rural até 1945. Aprendeu
atividades madeireiras com o pai. Na cidade exerceu variadas profissões. Foi
carpinteiro, pedreiro, pintor de paredes, protético e depois jornalista.
Especializou-se na redação de correspondência e documentos oficiais e nessa
profissão entrou para o serviço público em 1959. Foi oficial administrativo em
vários órgãos do governo de Goiás. En 1964 foi indiciado nos IPMS da subversão
e respondeu a processo nos tribunais políticos. Tendo sido afastado do serviço
público, volta para o jornalismo profissionalmente onde dirigiu a redação de
jornais e revistas em Anápolis e Goiânia. Participou de congressos, se fez
cronista e um precoce defensor do meio ambiente, dedicando-se a atividades
ecológicas desde 1945. Conselheiro da Fundação Inca, foi representante no I
Encontro Nacional sobre a Proteção e Melhoria do Meio Ambiente e na Primeira
Conferência Nacional.
Era um
defensor ardoroso da fauna e da flora brasileira,
principalmente do cerrado. Era membro
da Academia
Goiana de Letras e recebeu inúmeras homenagens.
A seu respeito
disse Jorge Amado: "Minha ida a Goiânia, deu-me o prazer do conhecimento
pessoal do bom camarada, mas só ao voltar para a Bahia, ao ler
"Jurubatuba", pude dar conta da enorme força criadora do tranquilo
escritor, quase escondido nos fundos da livraria do Paulo Araújo. Livro no qual
o regional se faz realmente universal através de uma narrativa poderosa e
clara, admiravelmente simples - e como é difícil chegar a essa simplicidade de
uma linguagem pura e límpida! Grande livro, seu Carmo, a colocar o autor na
primeira fila dos ficcionistas brasileiros." 1
Autor de uma
vasta obra, Selva-Bichos e
Gente foi o último escrito
por Carmo Bernardes, lançado em 2003. Embora a palavra gente apareça no título
do livro, o destaque é para os bichos, onde o homem só aparece
como mero coadjuvante e, quase sempre, no papel de predador.
Entre as
diversas premiações que recebeu, destaca-se a edição de "Ressurreição de
um caçador de gatos" pela Casa
de las Americas2 em Cuba.
Obras do autor[editar | editar
código-fonte]
·
Vida mundo - contos,
1966 Livraria Brasil central Editora - Goiânia
·
Rememórias - crônicas,
1968 Livraria Leal Editora - GO
·
Rememórias dois -
crônicas, 1969 idem
·
Jurubatuba - romance,
1972 Dep. Estadual de Cultura - GO
·
Reçaga - contos, 1972
Livraria Leal Editora GO
·
Areia branca - contos,
1976 Livraria Editora Cultura Goiana
·
Idas e vindas - contos e
causos, 1977 Editora Codecri RJ
·
Força da Nova -
relembranças, 1981 Secretaria de Educação do Estado - GO
·
Nunila - romance, 1984
Ed. Record - RJ
·
Quarto crescente, 1985
Universidade Federal de Goiás
·
Memórias do vento -
romance, 1986 Ed. marco Zero - RJ
·
Ressurreição de um
caçador de gatos, contos, 1991 Casa das Américas - Cuba
·
Santa
Rita - romance, 1993 Ed. EFG - GO
·
Jângala - complexo do
Araguaia, 1994 Edição do autor - GO
·
Quadra da cheia - textos
de Goiás, 1995 Edição do autor - GO
·
Selva bichos e gente -
crônicas, 2003 Agepel Editora
Bernardo Élis
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Nome completo
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Bernardo Élis Fleury de
Campos Curado
|
Nascimento
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|
Morte
|
30 de
novembro de 1997 (82 anos)
Corumbá de Goiás |
Nacionalidade
|
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Ocupação
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Bernardo Élis
Fleury de Campos Curado (Corumbá de Goiás, 15 de novembro de 1915 — Corumbá de
Goiás, 30 de novembro de 1997) foi um advogado, professor, poeta,contista e romancista brasileiro. Foi o
primeiro e único goiano a entrar
para a Academia
Brasileira de Letras.
Seu pai, Erico Curado,
considerado o poeta de maior
expressão do Simbolismo na terra de Anhanguera, era de família tradicional,
porém só pôde proporcionar uma criação humilde aos filhos.
Bernardo
Élis publicou várias obras, entre elas Apenas
um Violão, O Tronco (que
posteriormente virou filme), e Ermos e Gerais, sua mais premiada
obra. Como contista, foi escolhido para integrar importantes antologias
nacionais, como a clássica Antologia do Conto Brasileiro Contemporâneo, do
crítico literário Alfredo Bosi.
Em 1995, foi
escolhido pelo então governador de Goiás, Maguito Vilela, para
presidir a Fundação Cultural Pedro Ludovico Teixeira, atual Agepel, órgão
equivalente à Secretaria de Estado da Cultura. No mesmo ano, afastou-se do
cargo, ocupado posteriormente por Linda Monteiro. Já a
31 de janeiro de 1999, a sua obra Veranico de Janeiro (1966) foi escolhida, por
um seleto júri constituído por 10 especialistas escolhidos pelo jornal O
Popular (edição número 16.476), o mais importante periódico do Estado de Goiás,
como um dos 20 melhores livros goianos do século XX.
Índice
[esconder]
Bibliografia[editar | editar
código-fonte]
·
1955: Primeira chuva, poesia
·
1944: Ermos e
Gerais: Contos Goianos, contos
·
1951: A terra e as carabinas
·
1956: O Tronco,
romance
·
1965: Caminhos e descaminhos, contos
·
1966: Veranico de janeiro, contos
(obra considerada canônica, jornal O Popular, Goiânia, Caderno 2, a 31 de
Janeiro de 1999)
·
1975: Caminhos dos gerais, contos
·
1978: André Louco, contos
·
1974: Seleta de Bernardo Élis - Org. de Gilberto Mendonça Teles;
estudo e notas de Evanildo Bechara
·
1975: Caminhos dos gerais
·
1980: Os enigmas de Bartolomeu Antônio
Cordovil
·
1984: Apenas um violão
·
1985: Goiás em sol maior
·
1986: Jeca-Jica-Jica Jeca
·
1987: Chegou o governador
·
1987: Obra reunida de B. É.
Prêmios literários[editar | editar
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1. Prêmio José Lins do Rego (1965)
2. Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro (1966), pelo
livro de contos "Veranico de janeiro"
3. Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras,
pelo seu "Caminhos e descaminhos"
4. Prêmio Sesquicentenário da Independência, pelo estudo
"Marechal Xavier Curado, criador do Exército Nacional" (1972)
5. Prêmio da Fundação Cultural de Brasília, pelo conjunto de
obras, e a medalha do Instituto de Artes e Cultura de Brasília (1987)
Academia Brasileira de
Letras[editar | editar código-fonte]
Eleito em 23
de outubro de 1975, na sucessão de Ivan
Lins e recebido pelo Acadêmico Aurélio
Buarque de Holanda Ferreira em 10 de
dezembro de 1975. Foi o quarto ocupante da cadeira 1, que tem por patrono Adelino Fontoura. Para Mário de Andade, Bernardo Élis "tem a qualidade principal pra
quem se aplica à ficção:o dom de impor na gente, de evidenciar a
"sua" realidade, pouco importando que esta "sua realidade"
seja ou não o real da vida real....criando aquela realidade mais real que o
real, que é do melhor espírito e força da ficção".
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